quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Após uma semana, polícia prende suspeito de cometer chacina no Piauí

Clewilson Vieira sendo levado para delegacia de São Miguel do Tapuio, no Piauí (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
Clewilson Vieira sendo levado para delegacia de São Miguel do Tapuio (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
A polícia prendeu na tarde desta quinta-feira (06) o suspeito de cometer a chacina que vitimou cinco pessoas em São Miguel do Tapuio há exatamente uma semana. De acordo com o primeiro-tenente da Polícia Militar da cidade Isenilson Cardoso, Clewilson Vieira foi localizado em uma casa na cidade, e no momento da prisão chegou a resistir, rendendo duas pessoas que residiam no local em que estava escondido.
Momento da prisão de Clewilson Vieira, em São MIguel do Tapuio (Foto: Divulgação/Polícia Militar)Momento da prisão de Clewilson Vieira(Foto:
Divulgação/Polícia Militar)

Segundo as autoridades, a residência em que o suspeito passou os últimos dias se encontra na Rua General Gaioso, no bairro Bandeirantes, em São Miguel do Tapuio, e que a operação contou com a integração dos serviços de informação, diligências e buscas.


“Localizamos o esconderijo e fizemos a abordagem por volta das 16h. Foi uma ação muito rápida, mas o Clewilson chegou a apontar as armas para duas pessoas que estavam na casa com ele. Tivemos que ser bastante ágeis e atenciosos e após dar garantias a sua integridade, ele resolveu se entregar”, descreveu o policial.

“A polícia agiu de forma integrada e após conseguirmos êxito em coordenar nossas informações, foi questão de tempo até localizarmos o criminoso. Nossa prioridade agora é mantê-lo em segurança entregá-lo a justiça, para que possa pagar por suas ações”, ressaltou o primeiro-tenente.
Entenda o caso
Clewilson Vieira é o principal suspeito de promover a chacina que tirou a vida de cinco moradores da comunidade rural Palmeira de Cima, no município de São Miguel do Tapuio, a 227 km de Teresina no dia 30 de setembro. Na ocasião, a cidade chegou a ser comparada pelos próprios populares a um cenário de filme de guerra, devido ao clima de medo e insegurança observados.
A onda de assassinatos teria sido motivada pelo fato dos moradores do povoado terem organizado um abaixo assinado pedindo a expulsão de Clewilson da comunidade, pois os mesmos desconfiavam que ele estivesse aliciando menores para se envolverem com o tráfico de entorpecentes. Revoltado com a ação dos vizinhos e após uma briga com a esposa, ele teria iniciado as execuções.
A primeira a ser morta pelo atirador foi sua própria mulher, Maria Moreira, de 35 anos. Ela teria tentado impedir Clewilson, e foi assassinada ainda na residência do casal. Após deixar a sua residência, ele atirou e matou outras quatro pessoas: o comerciante Cláudio Barros de Oliveira, Sidney Tavares da Silva, o professor de informática Roberto Brito Barros, e o líder comunitário Juvêncio dos Reis da Silva, morto na frente da esposa.
Após cometer os assassinatos, o suspeito evadiu-se em uma motocicleta, e prometeu ainda voltar à comunidade para tirar a vida de outras pessoas que estariam em sua lista de desafetos. As buscas mobilizaram cerca de 50 homens da polícia, envolvendo agentes do Grupamento Tático Aéreo Policial (GTAP), do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), a Força Tática de Campo Maior, policiais do Grupamento de Polícia Militar de Assunção do Piauí, de Pimenteiras, Buriti dos Montes e vários outros como, por exemplo, o apoio do Batalhão de Crateús (Ceará) que ajuda na divisa.
Fonte:G1/Daniel Cunha