segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pai de Marinheiro encontrado morto em navio da Marinha no Rio de Janeiro não acredita em suicidio

Marinheiro de 20 anos do Piauí morre em navio da Marinha efamília acha que é assassinato e não suicídio
Carlos Henrique Silva Santos (Pai) e a tia Teresinha no velório 
O marinheiro piauiense Thalison Henrique da Silva, de 20 anos, foi encontrado morto na sexta-feira em um navio da Marinha, que estava ancorado no Porto de Niterói (RJ) após uma viagem a Vitória. O corpo foi enviado pela Marinha em um avião da TAM na tarde de ontem em uma caixão lacrado para Teresina e em seguida levado para sepultamento na cidade de Parnaíba (345 km da capital), onde mora sua mãe, a comerciária Adélia David da Silva.
Segundo Adélia David da Silva inicialmente a Marinha comunicou ao pai do marinheiro, Carlos Henrique da Silva Santos, que morana Barra, no Rio de Janeiro, que a morte tinha sido natural, mas depois o IML (Instituto Médico Legal) da Marinha contatou, após o exame cadavérico que Thalison Henrique da Silva tinha cometido suicídio.
Marinheiro morre em navio da Marinha no RJ 
Inconformada com o exame cadavérico, a família de Thalison Henrique da Silva solicitou à Justiça do Piauí que seja feita a exumação e ou novo exame cadavérico para saber as causas da morte.
“Não vamos ficar indiferentes, tenho certeza que meu filho foi assassinado porque o pai foi proibido de ver o corpo e madrasta de Thalison, Raimunda foi ameaçada de prisão por desacato à autoridade para que o pai tivesse acesso ao corpo. O pai disse que meu filho não tinha nenhum ferimento na cabeça, mas tinha ferimentos nos pés como tivesse sido arrastado. O telefone celular de meu filho estava em um quarto e foi encontrado morto em outro quarto. A Marinha disse que meu filho morreu enforcado, mas como pode ter cometido suicídio quando me disse, por telefone, que estava feliz da vida, que iria viajar para o exterior, estava no melhor momento de sua vida e dizia para todos que ia lutar para comprar uma casa para mim para que eu voltasse a morar com minhas irmãs no Pará?”, falou Adélia David da Silva.
Ela contou que Thalison Henrique estava empolgado com a primeira viagem internacional que faria, para a Argentina, no navio da Marinha em que trabalhava e comunicou para sua irmã Carla Thaís, que tinha feito um ótimo concurso para o cargo de sargento do Exército no domingo anterior à sua morte.
“Ele chegou a dizer que o concurso para sargento do Exército tinha sido mamão com açúcar e iria ser aprovado. Acredito que meu filho foi assassinado por inveja dentro do navio”, falou Adélia David da Silva, que quer a exumação do corpo.
“Toda a família acredita que ele foi assassinado, era muito alegre, estava feliz com o que tinha conquistado”, disse a tia do marinheiro, a contadora Luzia Santos David.
O corpo de Thalison Henrique será sepultado na segunda-feira no Cemitério Tabajaras, em Parnaíba, onde mora a família do marinheiro.
Entrevista com o pai do marinheiro encontrado morto em navio da Marinha no Rio de Janeiro 
Com informações e vídeo Blog do Pessoa
Fonte: Efrem Ribeiro/MN