quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Alepi dá parecer favorável a anistia para militares envolvidos em protestos

O projeto do Governo do Estado que concede anistia aos policiais militares que aderiram ao movimento denominado “Polícia Legal – Tolerância Zero” recebeu parecer favorável da relatora, deputada Rejane Dias (PT). A decisão da petista foi apresentada nesta quarta-feira (09) à Comissão de Administração Pública e Política Social da Alepi.


Com o “Polícia Legal”, os PMs reivindicavam melhorias salariais e de condições de trabalho. Em agosto deste ano, os manifestantes se recusaram a ir às ruas e se mantiveram aquartelados durante sete dias. 

“Apesar de ser proibida a greve de policiais militares, existe a prerrogativa ao chefe do executivo de conceder anistia nestes casos. Como este projeto parte do Governo do Estado, não há, a meu ver, impedimentos para que ele possa ir ao plenário”, comentou a deputada.

De acordo com a assessoria de Rejane Dias, por se tratar de um projeto do Governo que beneficia muitas pessoas, a anistia aos militares deverá ser aprovada sem grandes problemas na Comissão de Administração e no plenário da Assembleia. A previsão é que o projeto seja votado na próxima semana.

Sem surpresas

Por telefone, o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar do Piauí, capitão Evandro Rodrigues[foto acima], informou ao Portal AZ que recebe com satisfação o parecer da deputada Rejane Dias e que a noticia não pega os militares de surpresa, já que eles confiavam na sensibilidade das autoridades do Estado.

“Sempre acreditamos na consciência da deputada Rejane. Todos nós temos um grande apreço por ela e não recebemos com surpresa sua decisão. Ela teve participação fundamental nas negociações. Por isso só temos a agradecer a ela e ao governo do Estado. Sabemos que não fizemos nada de errado e que o nosso movimento foi feito dentro da Lei, não cometemos nenhum crime”, disse o militar.

O capitão Evandro Rodrigues afirma ainda que a anistia dos militares foi uma das exigências dos manifestantes para que fossem iniciadas as negociações com o Governo.
Fonte:PortalAZ/Anselmo Moura